domingo, 31 de outubro de 2010

Despedida...


"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Ela se despede. Não sabe exatamente do quê ainda. Talvez de pedras portuguesas mal-coladas, que causam tropeço, que enfeiam a calçada. Ela se despede talvez para sempre, não tem muita certeza, mas tem noção de que ouviu um tack qualquer dia desses no coração e precisou dizer adeus. Talvez o mosaico emocional que vinha montando a tenha levado a esse desfecho, talvez ele só tenha virado um quadro dolorido enfeitando seu orgulho. Dolorido porque as perdas, em geral, levam um pouco de nós e ela acredita que deixou um pedacinho de si por entre os caminhos.




Mas ela se despede e sente que, de alguma forma, isso a fará crescer. Vai clamar muitas vezes pelo que deixou para trás, mas é um ciclo a mais que se fecha e permite que o universo abra um novo em sua vida.
Se pensar bem, talvez venham por aí novas formas de se estabelecer, mais maduras. Quem sabe um contato mais saudável, vamos ser otimistas. E se hoje a sensação é de nostalgia, de quem deixou um lugar ao qual pertenceu, ela lembra que metade de nós é poesia, verbo e saudade... e a outra é força e coragem. Eu disse coragem.


"Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário